Em um dia de inscrições, a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) recebeu
cerca de 4.400 interessados em participar do evento que acontece em julho de
2013 no Rio de Janeiro e terá a presença do papa Bento XVI. As reservas já
podem ser efetuadas desde terça-feira, 28 de agosto, mas o anúncio do arcebispo
do Rio de Janeiro, dom Orani João Tempesta, foi feito nesta quarta-feira, o que
aumentou o ritmo das inscrições. Os primeiros participantes são jovens de 28
países, divididos em 220 grupos, dos quais 112 são brasileiros. A Igreja espera
atrair para o Brasil um total de 2 a 4 milhões de jovens do mundo todo.
Entre os estrangeiros, chineses e árabes já fazem
parte da lista, que deve ser composta principalmente por latino-americanos. No
primeiro dia, inscreveram-se grupos da Argentina, Equador, Colômbia, Chile,
Venezuela, Paraguai e Uruguai. No Continente, somente os argentinos sediaram o
encontro, há 25 anos. A JMJ espera receber em seu site a inscrição de 1 milhão
de pessoas - e avisa só se responsabilizar pelos grupos que comprarem os
pacotes de estadia por meio deste canal oficial. Há 21 modalidades disponíveis,
com preços que variam de 106 a 608 reais. Países pobres, principalmente os da
África, terão descontos.
Para não concentrar todos os católicos em um só espaço, os jovens serão
divididos por idiomas e distribuídos pela cidade durante a semana da JMJ. Haverá
27 palcos para manifestações culturais perto de cada região que abrigará os
peregrinos. Até outros municípios, como Duque de Caxias, Nova Iguaçu e Niterói
ajudarão nas acomodações. Integrantes da Igreja fazem vistorias em todas as
escolas municipais, estaduais e federais da cidade para verificar a capacidade
de alojamento. Outras alternativas de estadia serão casas de famílias, ginásios
e igrejas.
O primeiro a se inscrever foi o
Papa Bento XVI
O arcebispo do Rio, Dom Orani João Tempesta, garantiu: "Já vivemos
o clima da JMJ". Para ele, a abertura das inscrições de peregrinos
representa um "passo importante" para a realização do evento. "A
Jornada é um investimento na juventude, construindo valores mais humanos e
solidários para fazer a diferença na sociedade", afirmou. "E a Igreja
é chamada a estar junto nesta construção".
O coordenador-geral da JMJ Rio2013, monsenhor Joel Amado, classificou a
Jornada como um "evento maior do que se pode perceber". Ele explicou:
"Há um grau de concentração de pessoas muito grande e vai deixar um
conjunto de legados". Estes são, enumerou ele, humano, social e econômico.
"O convívio cultural e inter-religioso, a união entre os voluntários são
exemplos do legado humano", disse. "O social é um projeto de prevenção
e recuperação de dependentes químicos. Economicamente, teremos geração de
emprego, aumento na demanda do comércio e serviços da cidade", afirmou.
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