O Papa João Paulo II chamou a família de “Santuário da vida”
(Carta às Famílias, 11).
Santuário quer dizer “lugar sagrado”. É ali que a vida
humana surge como de uma nascente sagrada, e é cultivada e formada. É missão
sagrada da família, guardar, revelar e comunicar ao mundo o amor e a vida. É a
“a Igreja doméstica” (LG, 11) onde Deus reside, é reconhecido, amado, adorado e
servido. Disse o Concílio Vaticano II que: “A salvação da pessoa e da sociedade
humana estão intimamente ligadas à condição feliz da comunidade conjugal e
familiar” (Gaudium et Spes, 47) e “constitui o fundamento da sociedade” (GS,
52).
Desde que Deus desejou criar o homem e a mulher “à sua imagem e
semelhança” (Gen 1,26), Ele os quis “em família”. Se a família for
destruída, a sociedade também o será. O Catecismo da Igreja Católica (CIC), diz
que ela é “vestígio e imagem da comunhão do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Sua atividade procriadora e educadora é o reflexo da obra criadora do Pai” (§
2205). Jesus nasceu e viveu numa família; fez seu primeiro milagre nas Bodas de
Caná onde nascia uma família.
Mais do que nunca hoje a família é ameaçada e atingida, como diz
o Papa João Paulo II, pela praga do divórcio, das “uniões livres”, do
aborto, da eutanásia, do chamado “amor livre”, do “sexo seguro”, da “produção
independente”, dos “casamentos” de homossexuais, dos preservativos, etc., frutos
de uma sociedade mergulhada no consumismo e no utilitarismo, e que fez uma
opção pela “cultura do prazer”.
O Papa disse na Carta às Famílias que: “Nos nossos dias, infelizmente,
vários programas sustentados por meios muito poderosos parecem apostados na
desagregação da família” (CF, 5). “No contexto da civilização do desfrutamento,
a mulher pode tornar-se para o homem um objeto, o filho um obstáculo para
os pais, a família uma instituição embaraçante para a liberdade dos membros que
a compõem. ” (CF,13).
Quando, em 1994, o Parlamento Europeu, reconheceu a validade jurídica
dos matrimônios entre homossexuais, até admitindo a adoção de crianças por
eles, o Papa João Paulo II, reagiu de maneira forte e imediata: “Não é
moralmente admissível a aprovação jurídica da prática homossexual. Ser
compreensivos para com quem peca, e para com quem não é capaz de libertar-se
desta tendência, não significa abdicar das exigências da norma moral… Não há
dúvida de que estamos diante de uma grande e terrível tentação” (20/02/94).
Quando se cria “famílias” falsas, que não estão de acordo com a vontade
de Deus, se destrói a família verdadeira e se põe em risco a sociedade.
Hoje estamos vendo, como disse o Papa João Paulo II no Brasil, em 1997,
milhares de “filhos órfãos de pais vivos”, por causa do “sexo livre” e
irresponsável. São milhares de crianças sendo criadas sem o calor do pai. E as
mães tendo de lutar bravamente e sozinhas para que não falte o pão dos filhos.
Por que? Porque destruiu-se a família, o “Santuário da vida”; então, quem sofre
são as próprias pessoas, especialmente os mais inocentes. A criança não pediu
para vir ao mundo; não pediu para nascer; então, quem lhes dá a vida deve
cuidar para que elas tenham um pai, uma mãe, um lar…
Por isso, as famílias precisam “ressuscitar” para uma vida nova em
Jesus Cristo; isto é, viver segundo a lei de Deus: não pecar contra a
castidade, não viver a vida sexual fora do casamento e nem antes dele; casar
apenas um homem com uma mulher unidos pelo sacramento do matrimônio. Nada de
divórcio, amor e fidelidade até a morte. Está é a lei de Deus; este é o caminho
da felicidade, da paz e da vida eterna em Deus. Como disse o Pe. Zezinho:
“Que nenhuma família comece em qualquer de repente, que nenhuma família termine
por falta de amor… que marido e mulher não se traiam e não traiam os seus
filhos… que o homem carregue nos ombros a graça de um pai… seja a firme
esperança de um céu aqui mesmo e depois”.
Prof. Felipe Aquino
Fonte: canção nova
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