As novas relações que não mudarão os princípios, mas vão
mudar
as formas de dialogar e até os métodos de formação,
diz Irmã Joana Puntel.
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Em meio à pluralidade das novas tecnologias e ao estilo de vida virtual
do homem contemporâneo, a Igreja Católica busca encontrar um espaço adequado
com o qual possa usufruir destas novidades tecnológicas para semear o Reino de
Deus.
Pensando nisso, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e a
Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB) promovem entre os dias 1º e 4 de
novembro de 2012, um Seminário de Comunicação que visa discutir o tema: “Novas
Tecnologias, Novas Relações na Vida Consagrada: desafios culturais e
perspectivas.”
A palestra de abertura do evento será feita pela Irmã Joana Terezinha
Puntel, da Congregação das Irmãs Paulinas. A religiosa, que também é
professora universitária, explicou que a palestra busca localizar e situar a
vida consagrada que está na Igreja, que está nessa sociedade, na qual precisa
desenvolver a sua evangelização. A palestra servirá também como tentativa de
compreensão da forma como estas novas tecnologias geram novas relações e,
portanto, afetam a vida consagrada.
“São novas relações que não mudarão os princípios, mas vão mudar as
formas de dialogar e até os métodos de formação. Afinal, existe uma nova
maneira de aprender, de ensinar, de compreender as coisas e, isto diz respeito
à vida consagrada, à vida de religiosos e religiosas que estão a todo momento
em contato com essa sociedade”, destaca Irmã Joana.
Para a Irmã, não basta utilizar os novos instrumentos, mas é necessário
um mergulho na cultura midiática. “A nós cabe voltar a atenção para o que está
acontecendo com o ser humano ao fazer uso e ao estar nessas redes sociais.
Afinal, Jesus veio para salvar as pessoas, não aos maquinários. Portanto, é
necessário saber o que está acontecendo com a juventude e as demais pessoas que
estão se relacionando de forma diferente do que poderíamos imaginar quatro ou
cinco anos atrás. Por isso é fundamental mergulhar na cultura, no seu sentido
antropológico”.