Neste domingo, 28 de abril, Papa
Francisco presidiu uma missa na qual crismou 44 jovens dos cinco continentes. A
celebração se insere na programação organizada pelo Pontifício Conselho para a
Nova Evangelização no âmbito do Ano da Fé. O forte sol e calor desta manhã de
primavera contribuíram e a Praça São Pedro ficou tomada por 100 mil fiéis, em
grande maioria, jovens.
Na
homilia, o Papa propôs à reflexão três pensamentos, simples e breves,
inspirados nas leituras do dia.
O
primeiro partiu da visão de São João da ação do Espírito Santo, que ao
trazer-nos a novidade de Deus, vem a nós e faz novas todas as coisas:
transforma-nos e através de nós, quer transformar também o mundo onde vivemos.
Prosseguindo, Francisco exortou:
“Abramos-Lhe
a porta, façamo-nos guiar por Ele, deixemos que a ação contínua de Deus nos
torne homens e mulheres novos, animados pelo amor de Deus. Como seria belo se
cada um de vós pudesse, ao fim do dia, dizer: Hoje na escola, em casa, no
trabalho, guiado por Deus, realizei um gesto de amor por um colega meu, pelos
meus pais, por um idoso”.
A
novidade de Deus, disse, “não é como as inovações do mundo, que são todas
provisórias, passam e procuramos outras sem cessar. A novidade que Deus dá à
nossa vida é definitiva; e não apenas no futuro quando estivermos com Ele, mas
já hoje”.
O
segundo pensamento se inspirou na Primeira Leitura, quando Paulo e Barnabé
afirmam que “temos de sofrer muitas tribulações para entrarmos no Reino de
Deus”.
“O
caminho da Igreja e também o nosso caminho pessoal de cristãos não são sempre
fáceis”, disse, advertindo que “seguir o Senhor, deixar que o seu Espírito
transforme nossas zonas sombrias, nossos comportamentos em desacordo com Deus e
lave os nossos pecados é um caminho que encontra obstáculos fora de nós, no
mundo onde vivemos e que muitas vezes não nos compreende”.
“Mas as
dificuldades e tribulações fazem parte da estrada para chegar à glória de Deus”
- concluiu.
No
último ponto, Francisco convidou todos, especialmente os crismandos e
crismandas, a permanecerem firmes no caminho da fé, com segura esperança no
Senhor:
“Este é
o segredo do nosso caminho. Ele nos dá coragem para ir contra a corrente: faz
bem ao coração, mas é preciso coragem!”. O Papa ressalvou que isto é verdade principalmente
quando nos sentimos pobres, fracos ou pecadores, porque Deus proporciona força
à nossa fraqueza, riqueza à nossa pobreza, conversão ao nosso pecado.
Francisco
terminou a homilia usando a mesma expressão de Papa Wojtyla, em 1978:
“Abramos
– escancaremos - a porta da nossa vida à novidade de Deus que nos dá o Espírito
Santo, para que nos transforme, nos torne fortes nas tribulações, reforce a
nossa união com o Senhor, o nosso permanecer firmes Nele: aqui está a
verdadeira alegria”.
Dirigindo-se
ainda aos jovens, acrescentou: “Joguem a vida por grandes ideais. Apostem em
grandes ideais, em coisas grandes; não fomos escolhidos pelo Senhor para
‘coisinhas pequenas’, mas para coisas grandes!”.
Após a
homilia, os jovens se aproximaram do Pontífice para o rito da Confirmação. O
brasileiro Victor Chaves Costa Lima, de 16 anos, foi um dos que nesta
cerimônia, expressaram a sua plena e livre decisão de aderir à fé batismal.
Texto proveniente da páginahttp://pt.radiovaticana.va/news/2013/04/28/francisco_aos_jovens:_arrisquem_a_vida_por_grandes_ideais/bra-687148
do site da Rádio Vaticano
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