VATICANO, 10 Fev. 13 / 11:27 am (ACI/EWTN
Noticias).- Em suas palavras prévias à oração do Ângelus, na
Praça de São Pedro, o Papa Bento XVI refletiu
sobre o episódio da pesca milagrosa no Evangelho, e sublinhou que Deus “não
olha tanto a qualidade dos escolhidos, mas sua fé, como a de Simão que diz ‘Por
causa de tua palavra, lançarei a rede’”.
O Santo Padre recordou que “Enquanto de
fato a multidão corre à margem do lago de Genesaré para escutar Jesus, Ele vê
Simão desanimado por não ter pescado nada a noite toda”.
“Primeiro pede-lhe para entrar em seu
barco para pregar para as pessoas estando a uma curta distância da margem;
depois, terminada a pregação, ordena-lhe que saia com seus companheiros e lance
as redes”.
O Papa assinalou que “Simão obedece, e
esses pescam uma quantidade incrível de peixes. Deste modo, o evangelista faz
ver como os primeiros discípulos seguiram Jesus confiando-se a Ele, fundando-se
sobre sua Palavra, acompanhada também por sinais milagrosos. Observamos que,
antes deste sinal, Simão se dirige a Jesus chamando-o de “Mestre”, enquanto
depois o chama de “Senhor”.
“É a pedagogia do chamado de Deus, que
não olha tanto para a qualidade dos eleitos, mas à sua fé, como aquela de Simão
que diz “Por causa de tua palavra, lançarei a rede”, ressaltou.
Bento XVI sublinhou
que “a imagem da pesca refere-se à missão da Igreja. Comenta a este
respeito Santo Agostinho: “Duas vezes os discípulos começaram a pescar sob o
comando do Senhor: uma vez antes da paixão e outra depois da ressurreição. Nas
duas pescarias está representada toda a Igreja: a Igreja como ela é hoje e como
será depois da ressurreição dos mortos. Agora acolhe uma multidão impossível de
ser contada, e compreende bons e maus; e depois da ressurreição compreenderá
apenas os bons”.
O Papa indicou que “A experiência de
Pedro, certamente única, também é representativa do chamado de cada apóstolo do
Evangelho, que nunca deve se desencorajar no anunciar Cristo a todos os homens,
até aos confins do mundo”.
“Todavia, o texto de hoje faz refletir
sobre a vocação ao sacerdócio e à vidaconsagrada. Essa é
obra de Deus. O homem não é o autor da própria vocação, mas dá resposta à
proposta divina; e a fraqueza humana não deve ter medo se Deus chama. É
preciso ter confiança na sua força que atua precisamente na nossa
pobreza; temos de confiar sempre mais no poder da sua misericórdia, que transforma
e renova”.
O Papa expressou seu desejo de que “esta
Palavra de Deus reaviva também em nós e nas nossas comunidades cristãs a
coragem, a confiança e o entusiasmo no anunciar e testemunhar o Evangelho. Os
fracassos e as dificuldades não levem ao desânimo: a nossa tarefa é lançar as
redes com fé, o Senhor faz o resto. Confiemos também na intercessão da Virgem Maria, Rainha dos
Apóstolos. Ao chamado do Senhor, Ela, bem consciente de sua pequenez, respondeu
com total confiança: “Eis-me aqui”. Com sua ajuda materna, renovemos a nossa
disponibilidade de seguir Jesus, Mestre e Senhor.”
Por canção nova
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