Jesus
pergunta aos seus discípulos quem dizem os homens ser o Filho do Homem. Ou
seja, indaga aos seus quem a humanidade a fora pensava ser aquele da promessa
de Deus. E os discípulos revelam que a comunidade em geral dizia ser o
Prometido João Batista, Elias e até Jeremias.
Fica o povo,
então, baseado, ligado apenas nas coisas da Terra, pois, afinal de contas, os
exemplos dados, embora figuras ilustres, tratavam de simples filhos nascidos de
mulher.
E os
discípulos, embora estivessem com Jesus há algum tempo, também deviam assim
pensar sobre o Filho do Homem, imaginando, consequentemente, que Jesus seria
mais um dentre os simplesmente nascidos de mulher. Sim, deveria ser esta a
opinião daqueles que caminhavam (e apenas caminhavam, por enquanto) com Jesus,
porquanto, se dessa forma não o fosse, teriam todos, como em coro celeste, dado
a mesma resposta de Pedro.
Pelo
contrário, daquele modo não agiram os discípulos, ficando a grande maioria
calada. Apenas um pronunciou-se: justamente Pedro, que não era o mais querido,
que não era o mais jovem, aquele que era mais arredio, aquele que tinha,
inclusive, desconfiado de Jesus ao início de sua jornada como apóstolo.
Pedro,
naquele momento, foi mais além. Mesmo sendo tudo aquilo antes narrado, tinha em
si um ímpeto de querer conhecer Jesus, viver o seu amor. Com isto, conseguiu ir
mais além. Postando-se a uma certa altura dos demais, enxergou a fundo
quem era Jesus, o seu propósito. Conseguiu Pedro, destarte, visualizar qual
era, a longo prazo, a missão Daquele quem desde a antiga aliança já se falava
como sendo o prometido, aquele que, segundo Isaías, era o servo que Deus
amparava, seu eleito ao qual dava toda sua afeição, derramando sobre ele o seu
espírito para que levasse às nações a verdadeira vida.
E foi justamente
por ter enxergado com os olhos da alma e principalmente por ter conseguido se
manter em harmonia com as coisas do alto, que Pedro foi o verdadeiro escolhido,
eleito para ser a pedra fundamental da Igreja de Jesus, uma Igreja que vai além
de facções religiosas, uma Igreja que se sobrepõe a paredes de concreto e se
agasalha sobre o teto da vida, no próprio Jesus, verdadeira morada e efetivo
esconderijo do Altíssimo.
E é assim que devemos fazer para que se
possa querer, realmente, ser de Deus, viver o seu amor. É fazendo como
Pedro: reconhecendo Jesus como o Salvador, o Filho do Deus vivo, enxergar com a
visão da alma e sentir as minúcias das maravilhas de Deus.
Mas aquilo
apenas poderá acontecer se houver alicerce em um amor puro, sincero e verdadeiro,
em um querer que, mesmo sendo provado a ferro e fogo, permanece firme e
convicto de ser aquilo uma experiência a lapidar e deixar mais belo e precioso
o diamante do seu carinho por Deus. Esta é, então, a fórmula básica para se
querer ser de Deus.
Com certeza,
se desta maneira nos postarmos, se dessa forma agirmos, seremos campos fecundos
para construir Deus em nossas ações uma Igreja Cristã, podendo nós viver esse
amor de modo contínuo, intenso e eterno.
Que Jesus nos
conceda a graça de entendermos os mistérios que para nós ele nos revela, tudo
para que assim possamos provar do manjar de sua glória e o vinho de sua graça,
sendo testemunhas de quão suave é o Senhor, sendo felizes por termos nele o
nosso refúgio.
Por André Pessoa
Ministério da Assessoria - Grupo Jovem Cristo Forte
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